Revisitei em sonhos a mesma praia que um dia me fez sonhar contigo.
Passa-se o tempo escrevendo, e pouco se vive vivendo, quando apenas existiu o pó de uma serena saudade que não nos deixa viver mais do que aquilo que procuramos saber viver, mesmo assim, pouco.
Pensando que faço das palavras, as minhas, e que escrevo neste meu desassossego, talvez o que que um dia me fez tornar tão só quanto as horas que ainda passam, as mesmas que ainda hesitam ser lidas, mas não hoje.
Moro bem longe, no desejo de não mais voltar senão agora, senão no momento de não saber para onde irei.
Sei que não te vou ler mais, apenas o sei, porque o sinto.
O teu silêncio pautou-se de memórias desalinhadas de um sentido só.
Sei agora que exististe sem que te sentisse um momento sequer.
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