quarta-feira, novembro 10, 2010

um quase romance de cordel...

…uma paixão impetuosa e uma fidelidade ao apraz sentido de uma viagem que duraria para sempre.
Reza a loucura de uma juventude insensata, que sem regra nem lei apenas encontrava sentido nos destinos de uma mulher. Uma mulher que o amava de mais.
Passam-se anos.
Esqueceram-se da paixão, dos passeios no parque, do amor de baloiço, das escadas escondidas e dos beijos roubados nas noites descobertas pela saudade dos dois.
Deixaram de se encontrar às escondidas para deixar de se encontrar de todo.
Lembram-se em silêncio dos cafés já frios, pousados numa mesa esquecida, ao relento de uma memória que os faz viajar para sempre.
Fica o abraço e um adeus, a melancolia de um beijo que resiste ao tempo que os deixou.

olhando pela janela...

Foi por impulso que esse abraço se prolongou por tempo demais.
Dois corpos colados e uma ténue esperança de que tudo parasse no perfume desse fim de manhã.
Sobra o embaraço e o êxtase diluído nesse suor que te percorria o corpo, nesses momentos em que te perdias de ti para te encontrares em alguém...
Foste-te moldando às mãos desse prazer que decidiste eternizar em gestos.
Essa rotina que te persegue de uma saudade que não escondes e que te magoa com um sorriso.