quinta-feira, novembro 19, 2009

um amor contrafeito...

... um amor ficcionado, maltratado pelas mesmas montras de modas passadas que num burburinho só, se preenchem de uma altura de sempre, de uma fuga e de um presente vazio.
Vendido por tantos, percebido por poucos, descrito como um pêndulo, entre um corcel puxado por vigorosas certezas de sentimentos desgovernados, numa estreita calçada que nos vai conduzindo a lado nenhum.
Acordam-se os dias, roubado ao sono esse descanso, corrompido que é, por esse amor beligerante.

terça-feira, novembro 10, 2009

um dia qualquer...

Um amor a três tempos e uma verdade desferida nessa pele queimada de um Verão que parece não ter terminado ainda.
Travam-se de razões, entre toques subtis e olhares indiscretos que os atiram para um mundo onde se despem e se amam, se conquistam e se perdem no dia em que a seguir, ele decide morrer.
Hoje, adormecem sós.

segunda-feira, novembro 09, 2009

o teu livro ...

Não deixas de ser quem és.
Encontras o amor.
Olhas, reconheces e exaltas-te no primeiro momento em que esse olhar nu te beija e te deita, te abraça e te aquece, numa memória que persiste de uma paixão que te queima.
Conheces bem a saudade, mas preferes a distância desse silêncio que tanto te faz sonhar.
Adormeces e descobres a dor de apenas te pertencer o passado, de não conseguires mudar o minuto que se segue a uma mensagem que não chega, ao telefone que não toca...
Os dias passam e ficas sem fôlego. Acabas por te perder em ti...
Recordas os beijos, as loucuras, o sexo, os desejos...
Decides viajar.
Descobres, já longe, que a verdade dessa paixão desapareceu na vertigem do adeus.