terça-feira, julho 24, 2007

Erudito..

'(...) Respirais desta escrita pagã que vos afoga o olhar na mais profunda lembrança que é estar viva.
De que noites vos lembrastes, sim vós, princesa desfeita por ferros atrozes que vos prendem nesse mundo maldito e vos mata num desassossego constante, pela vida que ousastes um dia poder pensar sonhar.
Que pecado é esse que vos torna parte de um gélido ardor que não deixa de fervilhar nos dedos de quem por vós escreve, sem que por isso vos deixe de tentear com olhos de uma censura galopante nos dias que vos maçam e vos transcendem.
Sinais de uma intempérie que se aproxima, mas nem por isso desdita, de um maior fim que um amor que paira tão perto e com um fulgor definitivamente vosso.
No vosso peito mora a mais bela história de amor, com todas as letras que vos tornam transparente como a água, que um dia brotou da fonte que vos apaixonou.
Trago amargo que não ireis esquecer nunca, da vontade vos privaram, esses vossos lábios, que um dia doces pareceram, numa noite de histórias contadas, essas sim sem história alguma (...) .'

1 comentário:

HP disse...

(...)
- Mais uma metáfora - alvitro eu.
- Exactamente. Uma recíproca metáfora. As coisas no exterior são projecções do que tens dentro de ti, e o que tens dentro de ti é uma projecção do que te rodeia. Por isso, quando entras no labirinto exterior que te cerca, estás ao mesmo tempo a penetrar no teu labirinto interior. Uma odisseia perigosa, sem sombra de dúvida. (...)Haruki Murakami
Gostei muito da tua postagem
Beijinho