quinta-feira, janeiro 14, 2010

tinta da china...

Ferramentas de outrora e um quadro desvendado pela inércia de um tempo que parece que não passou. São suas, as formas desmedidas, dessa paixão que se constrói em cada palavra de angústia desse retrato que adormece só, na esperança de envelhecer só.
Esquecido pelo tempo, o espelho de uma utopia e a promessa de um sonho, embalado por essa música que transformou uma outra vida, num seu imenso silêncio.

terça-feira, janeiro 05, 2010

o acaso...

É um jogo.
Uma dança de encosto, um vestido preto, justo a um corpo torneado pelo pecado que serpenteia por essa sala despida de si.
A música que se cala e a luxúria de um desejo, desenhado pelos seus passos...
São os gestos que se desencontram e um cigarro que se acende no momento que se segue a uma vulgar troca de olhares e o copo vazio de uma fiel intenção.
Duas almas que se cruzam e um silêncio que se interrompe com a expressão da sua pele.

segunda-feira, janeiro 04, 2010

Fédon

A mesa do café que os separa e um monólogo distraído pelas lágrimas que vão desenhando cada palavra que esmorece esse semblante moldado pelas expressões mais tristes, sem tréguas de um suspiro de paixão, que vai vivendo na imortalidade do tempo.
Pensa demasiadas vezes neste momento para que consiga dizer não, a um impulso que a atira para os seus braços.
Nada disto é romântico, talvez uma sede animal em forma de um beijo.