terça-feira, fevereiro 26, 2008

vinte e seis...

Reconheci-te com o alcance de um suspiro, apenas isso me tornou tão vivo, tanto quanto me é exigido pelos dias que resolvem transformar estas noites em suaves regressos a uma eternidade de versos suspensos, de jardins compostos e de palavras sinceras que se quiseram as mais eternas possiveis.
Esta história começou com um: 'era uma vez' e foi escrita pelas certezas de uma utopia que guardaste numa vontade tua.

terça-feira, fevereiro 19, 2008

neste dia...

Palavras desalinhadas que anseiam o desatino de um verbo que tarda a desaparecer desta folha de papel, sumida pelo tempo e cravada a pontos finais, em linhas demoradas e tristes, pautadas por um dia que não some, que insiste em ficar.
Neste dia.

sexta-feira, fevereiro 15, 2008

Pôr do sol (sem ti...)

Estive por momentos preso no horizonte de um pôr de sol fantástico e olhei que todo aquele silêncio que me rodeava, apenas era interrompido pela doce lembrança de uns lábios que tivera provado no dia passado e que ainda hoje recordava com a saudade de quem está longe e não posso tocar.
Reparei a forma subtil, como o sol era arrastado num suave sentido, pela minha tela de cores de fogo, por uma lua que me trazia uns tais tons de luz, que me enterneciam na lembrança do que é pertencer a alguém, e provar das suas palavras uma infinitude de um encanto de charme, que me fez perder num feitiço com o teu nome.
Pensei mais uma vez, e apenas mais uma das tantas vezes que me lembrei de o fazer, que seria impossivel que numa atitude de senso comum, nem por isso, tão censurável assim, saber que Ptolomeu acreditava em todo este geocentrismo, que tantas vezes confundimos com o nosso próprio egocentrismo que nos faz encontrar no centro da vida de alguém, assim como esta terra que pisamos, no centro de um outro mundo, esse de um tamanho gigante.
Agora, o nosso mundo, esse, não se mede com os quilómetros que percorremos, muito menos com os que conhecemos, o nosso mundo não é mensurável, em momento algum, é apenas vivido e cultivado pelas palavras e pelo sentimento de uma vontade que é existir para sempre em nós, como apenas nós existimos.

quarta-feira, fevereiro 06, 2008

existir...

Procuro-te em cada momento.
O teu rosto serena a minha calma enquanto me distraio com advérbios de modo e explicações infindáveis do que me faz sentir tão bem.
A rua mantém-se a mesma, iluminada por cada um dos momentos que nós insistimos em tornar tão nossos. Por entre sussuros e gestos pouco bruscos, vivemos com aquele sorriso suspeito e olhos embargados pela nossa própria vontade. Somos finalmente nós.
És um segredo que me acorda e me adormece.
Se assim não fosse não me perderia num discurso inflamado por uma certeza envolta numa sede de palavras que pouco a pouco me saciam a sede de tudo aquilo que hoje me faz tornar tão livre, tão certo.
São bons os nossos momentos, são nossos...

mundo secreto...

Tenho percorrido os caminhos de um meu mundo secreto de mãos dadas a uma paixão que me constrói aos poucos no fiel deslumbre do deve ser, e do que realmente é. Tudo me percorre os sentidos, entre títeres e multidões sofregas de uma necessidade incompreensível de quem assiste a uma peça de um drama sentido, de tão distante se aperceber, do que de facto se é, e o que de verdade se sente.
O tempo avisava longos dias de uma chuva intensa, de pecados escondidos, mas tão nossos... Advinhava tudo, tinha esssa coragem e enfrentava as ruas estreitas que me destronavam a saudade e assim fui caminhando, sem sequer pensar um dia olhar para trás.
Odeio chuva. Gosto de ti sempre, despida no nosso mundo escondido de quem se gosta muito e não se esquece nunca. Um argumento escrito a duas mãos, e apenas entendido pelas histórias que nos fascinaram sempre.
Nessa peça, na nossa peça, no nosso argumento, a nossa cena é única...