terça-feira, maio 27, 2008

preconceito do erro...

Pensemos na pessoa mais errada que conhecemos... e a pessoa mais errada que conhecemos não só não acredita nos seus erros, como somos nós os primeiros a achar que errar não é tão humano assim, e que para além de ser alguém deveras inconveniente nos convence que só nós nunca justificámos acreditar num erro insensato, ainda mais quando essa pessoa parece estar a errar sempre, pelo menos de uma forma tão pública e tão pouco consensual, mas tão errada, e nós tão pouco tolerantes, mas sempre tão certos.
É talvez o excesso de um altruísmo que poderá durar segundos ou até uma vida inteira, mas que existe, que surge delapidado pelos nossos viveres e destinos, e nos faz ser alguém que não sendo nós próprios, acaba por ser um pouco mais que nada, algo que sempre criticámos ver e ouvir nos outros, mas que por momentos somos nós a vestir a roupa usada de um tal ser errado que tanto evitámos conhecer e que continua tão pouco tolerante talvez ao contrário de quem inconvenientemente erra.

sexta-feira, maio 23, 2008

Chuva ...

... perante a perversidade de uma falsa incógnita questionamos o mundo que hoje vive longe, para que seja esse o outro passado que sobrevive em surdina a uma qualquer hecatombe de uma outra história, de um outro pensado regresso, de um mundo devasso que apenas nos responde em reticências ao que desde cedo julgámos ser uma simples resposta começada por nós...
Nascemos e vivemos das mesmas palavras que facilmente nos preenchem os mesmos actos pensados pela futilidade de momentos pundonores, mas que na verdade nunca abalaram a verticalidade de nós Homens perante a vitimização de algo que já se queria maduro, mas não demasiado doce, pois soaria a falso...
Os mesmos sentimentos mas outras histórias de carácter efémero, já tão sem sal mas que insistem em repetir-se sempre que a chuva nos ocupa os dias ...

segunda-feira, maio 19, 2008

da memória ...

... naqueles dias em que nos encontramos durante horas fixados numa imagem já exausta de um dia que não passa, de uma brisa que não corre, um telefonema que não chega, ou alguém que não fala, nesse deserto de ideias, quando nos entretemos a jogar com o tempo, meia dúzia de palavras que esperamos ver escritas na mesma caixa de correio em que nos fechámos desde que decidimos que tinhamos finalmente crescido: a memória ...

sexta-feira, maio 16, 2008

Iliteracia social...

Hoje apetece-me ser mordaz e de forma leviana homenagear meia dúzia de pessoas que se distinguiram por coisa alguma, que vivem hoje da fraqueza de uma dúzia de inscientes inermes e que saciam a sua sede de uma ignorância latente, tal qual a natureza de uma figura altiva e de resposta retardada aportados que estão na sua total ausência de perspicácia.
Vivem no seio de um pejo infundado que se encontra, hoje, longe de uma vida real, e cada vez mais perto de uma negligente prova de vida, em formato de uma história sem tom, a mesma que os adormeceu a quando de insónias provocadas pela aparência de ser.
É o mais completo retrato de uma iliteracia social, de vidas deformadas pelo abandono do tempo, e pela negligente solução de uma educação adiada por falsas virtudes para além de um semblante inquestionável, que na epítome desta nossa vida se confunde com a fútil existência dos outros...
Enfim, mundos...

quinta-feira, maio 15, 2008

mão cheia de nada ...

... por breves instantes, quando estáticos perante a vida, fazemos contas de subtrair ao nosso tempo, e deixamo-nos invadir por um sentimento de nostalgia insciente, por todos aqueles meios erros que apenas hoje conseguimos considerar como tais.
Por ora, a tranquilidade de uma inconsciência que no passado nos aflorava amiúde e hoje nos obriga a mesma maturidade tantas vezes invejada por quem apenas vislumbra uma mão cheia de nada.
Reflexo de um passado sem a riqueza de uma saudade.
Hoje, porém, o oposto: um meu privilégio ...