domingo, agosto 31, 2008

sabes...

...a forma como te perdeste no malabarismo de um sorriso é normal...
Tu adoraste toda essa sua revolta, que não sendo igual, fazia-te sentir diferente.
Apaixonaste-te pelo mesmo gesto que te desarmou a alma e te transformou num pouco de vida.
Até hoje.

sábado, agosto 23, 2008

da dúvida ...

Gostava de acreditar que o hoje não é um fim, mas apenas uma passagem pela dúvida da incerteza de um futuro que julguei ter sempre na palma da minha mão.
Se me encontrei alguma vez longe da minha razão foi porque me procurava de forma incessante no que poderia dizer, ou até defender cegamente, sem que me levasse muito a sério, mas que, dentro da minha própria crença, me iria despir das mesmas dúvidas que me vão cegando os sentidos e me transformariam em algo mais que um deambulante equívoco nas páginas dobradas pelo cunho timbrado de uma vida sem tom.
Dessas minhas dúvidas de sempre, sobram as restantes, que assombram os dias que de mim se apressam a fugir...

quarta-feira, agosto 13, 2008

de mim ... (II)

Dessa saudade recordo, que embora te abandonasse em momentos de uma minha distracção, no minuto seguinte te voltaria a encontrar ao meu lado para te dizer o quanto errei em te ter deixado só.
Hoje recordava, que da saudade resta apenas o desejo de alguns, poucos, episódios que me despertavam para uma vida rasgada por pedaços desta minha vulgar narrativa.
Existo somente por existir.
Faz sentido que assim seja, quando me olho no reflexo do mesmo tempo que amanhã me irá acordar sem mágoa, nesta diáspora de uma pressa que insisto em não entender.
Porque não me escondo e fujo?

domingo, agosto 10, 2008

breve memória ...

Da solidão rescrevo versos de outrora, quando de resto faço questão de estar de costas voltadas ao tempo inoportuno que julguei ter encontrado sumido, na pressa de outras vontades, que não a de entristecer só.
Hoje, talvez porque não tenha acordado tão longe de mim, permito-me olhar estarrecido para tudo mais que me deixaria perplexo, me seduz e conquista, para que no momento seguinte, ganhe um pouco mais de fôlego e desista para sempre de viver.
Há quem viva da eterna desilusão de um meu gesto, eu próprio já não adormeço só, apenas aguardo que o sono me leve para outros mundos, quem sabe, mais justos e fáceis.
Tantas vezes pensei em como seria não voltar a acordar mais...