'(...) Respirais desta escrita pagã que vos afoga o olhar na mais profunda lembrança que é estar viva.
De que noites vos lembrastes, sim vós, princesa desfeita por ferros atrozes que vos prendem nesse mundo maldito e vos mata num desassossego constante, pela vida que ousastes um dia poder pensar sonhar.
Que pecado é esse que vos torna parte de um gélido ardor que não deixa de fervilhar nos dedos de quem por vós escreve, sem que por isso vos deixe de tentear com olhos de uma censura galopante nos dias que vos maçam e vos transcendem.
Sinais de uma intempérie que se aproxima, mas nem por isso desdita, de um maior fim que um amor que paira tão perto e com um fulgor definitivamente vosso.
No vosso peito mora a mais bela história de amor, com todas as letras que vos tornam transparente como a água, que um dia brotou da fonte que vos apaixonou.
Trago amargo que não ireis esquecer nunca, da vontade vos privaram, esses vossos lábios, que um dia doces pareceram, numa noite de histórias contadas, essas sim sem história alguma (...) .'