terça-feira, junho 19, 2007

Sombras amargas...

A verdade das palavras está unicamente em quem as lê, balbuciando sempre uma vontade amarga de reconhecer um doce sabor em quem nelas acredita. Desta forma, não há que ser mais nem melhor, apenas dotar a nossa realidade de tudo o que nos torna efectivamente reais, sem máscaras, sem rascunhos, sem ensaios.
Chegamos a uma altura em que gostamos de viajar pelos demais e não encontramos uma fórmula mágica que nos permita regressar sempre que desejamos faze-lo. Tudo isto nos obriga a uma verdade, em ser verdadeiros com tudo o que nos rodeia e nos toca. Por muito que enchamos de figuras de estilo tudo o que escrevemos, falamos, desenhamos, tudo acaba por nos parecer demasiado, perante aquilo que nos é mostrado, perante os outros, já como impossivel. Não temos que nos julgar admirados, quando quem o resolve fazer cegamente, o faz e se perde dentro das suas próprias razões, sem realmente as entender, só por aí errando.
Não me interessa nunca escrever e ser perceptível a quem lê as palavras que escrevo.
Nunca nenhuma palavra que escrevi foi rasurada, ou até mesmo apagada pela sombra de um quadro anónimo que um dia me inspirou.
A verdade é que esse quadro nunca existiu para além das palavras de quem o escreveu um dia...

4 comentários:

Ana disse...

...quero respirar debaixo de água!

Ana disse...

...estou do avesso!

Ana disse...

...virar o mundo ao contrário?

Ana disse...

...o silêncio já não mora aqui!