Ontem sonhei o maior dos pesadelos, acordei sem sentidos, sem a lógica de um dia que parecia não ter acordado de uma noite passada, mas sonhei. Despertei para o que não queria olhar, não mais que o escuro, esse que nunca me habituaria a perceber, senão hoje, senão depois de me ter acordado.
Nada me fazia crer que ali estivesse, eu nada via, nada sentia senão a respiração ofegante de quem mesmo parado tinha corrido quilómetros talvez fugindo para um lugar esquecido, esse sim, com a certeza que não existirá mais.
Acordei cansado de me ler, de me ouvir, de falar, de sonhar por quem não o sabe fazer, não o quer fazer, apenas o diz fazer.
Tenho as memórias de uma vida a magoarem-me em cada passo que dou.Talvez almejados por quem nunca quis regressar de um mundo para onde partiu e que não sabe mais voltar.
Como se nada mais interessasse e estivessemos apenas nós, e só nós, nós e o mesmo mundo que resolveu prender-nos um dia.
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