segunda-feira, junho 18, 2007

A tua arte...

Não existem respostas fáceis, quanto mais pensar que para tudo há uma resposta.
Abusar das palavras de outrora para justificar os nossos próprios actos, quando esses sim, implicam sentir prazer, dor, mágoa e toda uma confusão de sentidos que um dia nos deixou sem ar, isso sim, é algo que a obscuridade, ela própria permite comungar.
De que vale dar vida ás palavras, quando elas não são nossas? de que vale fugir em direcção ao nada, quando o que um dia se pintou é tudo? Não existe nada de concreto, nada de permissivo que nos permita descobrir, viajar, para além de tudo mais que nos deixou tão sós.
Olhamos então em frente, e vemos que ao nosso lado nada mais há que um vazio que o tempo nos fará entender, ou então não.
Nunca nos julgámos, deixemos então que o tempo o faça por nós, nos desperte, nos chame, não tornemos vulgares as palavras que de tanto uso, passaram a valer aquilo que a sua própria natureza contrapõe, o nada.
O jogo dos sentidos termina onde inicia a ausência da verdade, e esta fronteira nunca foi ténue nem imperceptível, existiu sempre.
A minha arte nunca me deixou esconder, nem fugir, quanto mais pensar.
A minha arte nunca foi a tua arte.

2 comentários:

gabi disse...

Há coisas que o tempo não leva para longe...pensamentos, lembranças...De nada vale fugir em direcção ao nada, qd se tem o tudo na palma da nossa mão, mas por vezes temos as respostas às nossas dúvidas e negamos aceitá-las. Eu ainda procuro respostas ás minhas questões, mas sei que serão eternas dúvidas que me vão para sempre acompanhar.
Beijos

Ana disse...

Que as palavras de hoje não sejam o espelho de um sorriso de amanhã...