segunda-feira, junho 25, 2007

Ponto final

Depois de me teres visto a beber da minha própria tristeza não consigo ouvir mais que o respirar de um momento que por mim passou, e que ficou, sem pedir razão, nem talvez um quê, nem advinhando um porquê.
A música que tombou a meus pés num dia que acordou triste mas sereno, apenas nasceu da vontade de olhar e não voltar a perder, e tão fácil que é perdermo-nos no nosso próprio silêncio, ou até mesmo, nos traços de uma flor, que nos transforma a noite em dia, e nos faz sonhar quando apenas o que queremos é acordar com um sorriso.
As notas da tua pauta sublimam uma saudade sentida mas nem por isso ouvida, na maior sinfonia que é o mar da tua vida.
Ponto final.

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