domingo, novembro 27, 2005

Ad kalendas grecas

Não encontro de maneira nenhuma, na objectividade das palavras dos outros, uma qualquer resposta à subjectividade das minhas. Por isso é que escrevo de uma forma alheada do tempo mas bem ciente do espaço que essas mesmas palavras desenhadas e sem cor, ocupam, na minha vida e na vida de quem as lê.
Só são realidade para quem resolve preencher a sua vida da mesma forma que eu o fiz quando as resolvi escrever. Não desconsidero as palavras que escrevo ao ponto de censurar quem as interpreta da maneira que o faz. Tudo isso tem uma razão de ser, e cada um de nós vive com essa mesma razão, e lida com ela da forma mais delicada que quer e sabe.
Ad kalendas grecas (nunca), tento revisitar memórias que partilho com alguém, e essas sim são minhas, da mesma forma que cada pessoa lê e sente de uma forma singular, também para mim, e porque não sou diferente, me reservo esse direito.

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