Hoje o tempo trouxe-me à memória palavras que a recordação quis esconder de mim.
Não sei o que pensei no momento em que os meus olhos passaram diante dessas palavras tão antigas mas nem por isso ausentes desta vida. Resolvi acolhê-las com uma saudade imensa, como um qualquer pai que abraça um filho, recolhi-me num movimento perpétuo para pensar no que até então estava escrito e o porquê dessas saudosas palavras. Para mim, nada mais que recordar um sentimento arcaico.
Como companhia escolhi a saudade, como ouvintes a memória e a paixão, essa mesma paixão, que na altura fora cúmplice na escolha dessas palavras. Ali estivémos um tempo sem fim, no meio de uma turbulência de emoções em que recordámos mais do que os silêncios ternos e os gestos ocultos de vontades que eram comuns, o tempo, que conseguiu tudo isso. Mais que nos aproximar deu-nos motivos para continuar a escrever e recordar, tudo no passado, mas sempre a agarrar-nos a este presente que tende em não nos deixar livres. Somos por isso reféns do nosso próprio sentir, daquilo que transmitimos a uma só voz e escrevemos sem sequer pensar que poderá haver um futuro.
As letras fazem de nós seres audíveis e sempre presentes na vida de alguém, e a verdade é que temos tendência esquecer-nos disso...
Não sei o que pensei no momento em que os meus olhos passaram diante dessas palavras tão antigas mas nem por isso ausentes desta vida. Resolvi acolhê-las com uma saudade imensa, como um qualquer pai que abraça um filho, recolhi-me num movimento perpétuo para pensar no que até então estava escrito e o porquê dessas saudosas palavras. Para mim, nada mais que recordar um sentimento arcaico.
Como companhia escolhi a saudade, como ouvintes a memória e a paixão, essa mesma paixão, que na altura fora cúmplice na escolha dessas palavras. Ali estivémos um tempo sem fim, no meio de uma turbulência de emoções em que recordámos mais do que os silêncios ternos e os gestos ocultos de vontades que eram comuns, o tempo, que conseguiu tudo isso. Mais que nos aproximar deu-nos motivos para continuar a escrever e recordar, tudo no passado, mas sempre a agarrar-nos a este presente que tende em não nos deixar livres. Somos por isso reféns do nosso próprio sentir, daquilo que transmitimos a uma só voz e escrevemos sem sequer pensar que poderá haver um futuro.
As letras fazem de nós seres audíveis e sempre presentes na vida de alguém, e a verdade é que temos tendência esquecer-nos disso...
2 comentários:
"Dois amantes felizes não têm fim nem morte,
nascem e morrem tanta vez enquanto vivem,
são eternos como é a natureza."
Pablo Neruda
Nenhuma paixão é sossegada, vivemo-la sempre com tamanha emoção que jamais poderá ser esquecida. Recordar é percorrer os nossos pensamentos com palavras ditas, sentimentos vividos,...podemos ficar horas e horas a relembrar o que foi bom, o que nos marcou. Deixar regressar até nós alguém que entrou na nossa vida e que por lá foi ficando...
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