sábado, novembro 26, 2005

O meu primeiro desencontro...

Convidaste-me para um desencontro. E eu aceitei. Foi nessa altura que entendi ipsis verbis que serias mais uma miragem num longo caminho de uma curta vida - a minha. Confesso, sem qualquer sombra de dúvida, que este foi o meu primeiro desencontro, aquele, para o qual fui convidado.
Estranho achei eu, e ainda agora me mostro surpreendido. Mas não em excesso, pois continuo a acreditar que nada terá sido premeditado e foram palavras que saíram sem qualquer sentido, ou então não. Ouço de ti mais do que uma vontade, uma sugestão dita em tons de ironia e preenchida por uma tal certeza, que me atrevo mesmo a dizer, que a paixão é isso mesmo, transforma, molda, mas também empalidece quem até então brilhou. Sempre tentei minorar pensamentos, que de alguma forma fossem perturbadores de um sossego tão merecido de uma alma em constante transtorno, no entanto fracassei por inteiro, pois deixo que esses pensamentos tomem conta de mim. Assim, parto para esse desencontro, o meu primeiro, não com palavras de conquista, mas como uma emoção contida e fria, que me levam a entregar por inteiro a minha razão e submeter-me á vontade do teu coração.
A ti digo-te adeus, e até ao próximo desencontro.

Sem comentários: