Decide partir hoje.
Mas antes partilha um café, seduzindo uma vez mais o mundo que ela quis que desaparecesse dos seus dias.
Gosta de se sentir gostada, não gosta da palavra impossível, no entanto nada faz para conquistar o díficil, apenas o errado e outras vezes o fácil.
Despediu-se sem história num dia de calor sufocante.
Só queria que não a procurassem mais.
Busca em outras vidas o significado do seu sentir, escreve uma carta e parte para sempre:
'É talvez o último dia da minha vida.
Saudei o Sol, levantando a mão direita,
Mas não o saudei, dizendo-lhe adeus,
Fiz sinal de gostar de o ver antes: mais nada.'
Alberto Caeiro
2007/07/19
1 comentário:
simplesmente brilhante... uma visão realista de uma vida errante.
muito bem.
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