Sentei-me hoje diante de ti, talvez com a mesma sede que me aproximou dos teus olhos quando beijei o canto da tua boca, sem que o teu pudor me impedisse de o fazer ou sequer nos repudiasse de todos aqueles sentidos que um extasiar doce e de contornos solúveis em calmos prantos de vontades perdidas, nos deixasse tão somente sós.
Sem que fossemos descobertos, esse toque, que em si encerra toda a razão de palavras de canto, de prazer, desse momento que nunca foi apenas só um, e que ainda hoje assim se lembra como único, mas que se repete todas as vezes que te vislumbro.
Vivemos essa certeza, que embora nunca certos, toda aquela certeza que nos cercou de razões de um desejo fortuito, nasceria das nossas letras e acabaria por viver hoje, amanhã, aí, no mesmo mar de um sentir só nosso.
2 comentários:
Excelente!
O vosso sentir,do vosso simples beijo,traduzido aqui pelas tuas palavras,fez-me recordar...
A intensidade de uma paixão.
Aproveitem ao maximo esses momentos tão vossos.
Beijo
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