terça-feira, março 18, 2008

Crítica ao diário de uma mulher qualquer(5)

Acorda em sobressalto e não consegue mais adormecer.
Olha para o lado, e tudo o resto que parecia adormecido a desperta para um cigarro.
No pensamento, os dias que se aproximam.
Vai poder sair dali, fugir de um mundo que já a conhecia, que a julgava.
Um mundo que não compreendeu a necessidade de ter que se mostrar mulher, desejada.
Após a rotina de um dia, já a noite vai alta, e decide partilhar a sua angústia com uma amiga qualquer, de preferência uma que não a pudesse julgar e encarasse a sua história no album dos momentos banais na vida de uma mulher qualquer, ou no percurso de alguém que precisa esquecer outro alguém. Escolheu o primeiro. A segunda hipótese pareceu-lhe uma porta que não queria ver aberta.
Procurou as mortalhas e perdeu-se nas músicas de sempre.


2007/07/19

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