terça-feira, março 18, 2008

Crítica ao diário de uma mulher qualquer(1)

A aparência nota uma calma discreta que ela impôs a si mesma como sendo sua, somente as mesmas palavras que ela repetiu vezes sem conta, a fazem sentir culpada de não as conseguir tornar únicas.
Partilhou de mais - ela sabe que sim; os momentos quando vividos com alguém já não sabem ao doce sabor de uma viagem sem regresso, de uma nova descoberta, de um novo sentido.
Parece que tudo parou na incerteza de um passo que mora no seu consciente e a prendem a uma culpa que ela sabe que fervilha nas frases que em falsete balbucia de uma forma forçada, talvez fingida.
Hoje passeou-se só, por mais uma vida que a fez mascarar-se de alguém que não era.

2007/07/12

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