Comecei a ser verdadeiramente feliz quando comecei a saber perder, quando comecei a saborear o que perdia em detrimento do que os outros pudessem ou não vir a ganhar. Tentei sempre minimizar qualquer estrago que uma minha vitória, ou até mesmo uma ou outra esperada derrota pudesse causar num meu minuto seguinte.
Comecei a compreender os outros perante a adversidade, as suas reacções e mágoas, as suas dores e toda a sua força para superar o que para nós, parece sempre ser mais fácil ultrapassar do que realmente é, para quem vive de verdade, a sua dor.
Aprendi que o amanhã não vai existir para sempre, mas que isso não é um motivo, muito menos uma razão, para me fazer olhar para o mundo com um olhar de uma fugacidade ou loucura latente, que me faça pensar em agir, como se esse amanhã não viesse mesmo a existir.
Comecei a aprender a saborear os pormenores da minha vida e olhar para eles como se fossem únicos, mas que nunca deixassem de ser os meus pormenores. Aprendi a ouvir, mais que a falar, para que todas as minhas palavras apesar de raras, tivessem a força de um sentimento que amanhã ainda pudesse prevalecer.
Aprendi que o amor não se ganha, se conquista e se compreende.
Que a felicidade não passa só por se viver junto, mas principalmente por dar a mão quando se chora e um abraço quando se perde, e que isso é gostar de verdade.
Aprendi que amar é a minha mão fria que apenas aquece no teu corpo.
2 comentários:
a felicidade nao se reaprende apenas acontece, so resta saber se o corpo que aquece o teu corpo é quem te faz acreditar que sim... ou tu.
'(...)Cara de anjo mau, tu deitas tudo a perder
Basta um olhar teu e o chão começa a ceder
Cara de anjo mau, contigo é fácil cair(...)'
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