sábado, maio 06, 2006

Zero ( 5.17 am)

Sinto que já não pertenço a lugar algum, estou um pouco à deriva entre o vasto oceano de ideias e a solidez da racionalidade que o desperta. Não serão por isso infinitas as tão pouco polidas lembranças de um passado, que julgo tão vivido de nada, e que sempre assim terá sido, não mais do que um preenchimento vazio de soluções, para aquela que seria a maior das equações e o resultado, esse, o mais humilde de todos os algarismos: o zero. É então um número que por si só não tem valor algum, mas que, quando colocado à direita de um algarismo significativo, aumenta dez vezes o seu valor. E seria então isso mesmo, tal como os números, as pessoas, e a vida, e essa... não passaria a ser mais do que um qualquer ponto numa escala, de que se parte para uma contagem de valores positivos ou negativos, aqueles mesmos que nos fazem sentir tão bem, ou tão mal, nos dias que passamos ocupados a viver... seremos um zero quando sós, eis a dúvida.

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