domingo, abril 23, 2006

Dorme bem...

Não preciso que acordes para que sinta o teu olhar de feição poente, bem para além do que insisto em lembrar em dias de um azedume ferido e tão intensamente teu, mas nem por isso esquecido por quem te vislumbra e te admira.
Podes-te deitar que não fecho os olhos tão cedo, sem antes advinhar, quais as palavras que melhor descrevem o teu corpo que em serena simpatia se deixa deslizar na ingenuidade de um sonho para o qual não encontrei ainda a saída, e que anseio que os teus lábios taciturnos me o revelem, sempre em segredo, sempre lembrados.
Posso estar longe do leito que te envolve, mas as minhas palavras nunca deixarão de te velar na noite que nos aproxima.

1 comentário:

gabi disse...

Fiquei sem palavras...simplesmente lindo! beijo