Tudo o que nos envolve e nos comove, faz de nós homens de fraquezas sublimes e de suplícios constantes perante aqueles que sempre nos acharam donos de uma força bestial. Mais do que mostrar, é não conseguir esconder a verdadeira razão de nos julgarmos iguais a tantos outros mas nem por isso despidos de um qualquer sentimento que nos fazem sentir diferentes no meio de gente tão igual. Encaramos a banalidade, como um ofício que deixamos a quem se detém com a simplicidade de um tempo que nunca ousou questionar. Se revolvermos o passado, logo encontramos sinais de uma fragilidade que nos incomoda e nem por isso desistimos de ser quem somos, mas sempre com aquele medo que nos ampara quando queremos começar algo e mais que tudo, acreditamos nesse início. Recusamos encontros iguais prevendo a imprevisibilidade desse momento que nos ficará sempre como mais um, mas sempre seduzidos pelo mistério que nos ilude e nos comanda o sonho que desejamos ser real. De que nos vale então iludir o tempo que nos persegue como uma sombra sem rumo, no encalço de um homem novo, senão aguardar pelos minutos seguintes e tão céleres esses segundos que transformarão quem não se transfigura em tempo algum. Aguardamos...
sexta-feira, fevereiro 10, 2006
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1 comentário:
O medo é o sistema de alarme do inconsciente que fácilmente ser accionado, face a uma situação desconhecida e simultaneamente desejada... O desejo é isso mesmo, o mix do desconhecido, aventura, chegar ao limite... onde é que está o limite?
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