Damos total liberdade ao sexto sentido, tão falado e deveras inexistente em tantos e proeminente em alguns. Conquistamos um pouco de alguém para nesse mesmo segundo perdermos um pouco de nós, numa réstia de tempo em que somos donos de uma dúzia de palavras que nós próprios decidimos convir, perante o que para nós, é belo. Rendemo-nos ás evidências de quem de uma forma ou outra, terá querido furtar em nome de uma causa que todos nós julgamos honrosa, sem que tivéssemos tentado sequer, abrir um pouco do nosso eu, para quem desde sempre quis conhecer a nossa verdadeira essência. De resto, estaremos a construír uma ilusão, que de tão neblosa ser, só o tempo perdoará, ou até questionará.
Não sendo fútil agarrarmo-nos ao sentimento de outrém, é de certa forma correcto fazê-lo por actos e não por qualquer omissão das palavras escolhidas e que tornámos nossas.
1 comentário:
Darmos um pouco de nós a alguém é unir as diferenças de duas almas que poderão descobrir o que há de mais belo...o amor! não é de todo fútil transmitir por actos o que os outros nos fazem sentir...o injusto é iludirmo-nos num sentimento que julgamos ter presente em nós. Na vida não há nada como arriscar o que nos diz o nosso sexto sentido... "Só mesmo o tentar descobrir e não conseguir é tão interessante como o tentar descobrir e consegui-lo, se calhar até mais, não sei..." (Mark Twain)
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