Somos traídos, hoje, pelo mesmo olhar que sempre nos impediu de ver mais longe, de ver para além daquilo que julgámos nunca presente e sempre ausente de uma vida que pensámos nossa, mas que partilhámos sempre com alguém. Até as palavras soam falsas, quando dilaceradas pela mesma voz que um dia teve a certeza do que seria um futuro tão próximo de um adeus tão previsível e de um sentimento que continuaria a ensombrar a despedida tardia de quem sentia e não partia. Mesmo naqueles momentos que outros julgaram de uma ardente paixão, nada destronaria um desejo que haveria de continuar incólume lá bem no topo de um horizonte que nunca chegou a existir. De tão fácil serem essas palavras, nunca chegam a ser mágicas, se não forem verdadeiramente nossas. Mesmo assim, insiste-se na leviandade daqueles mesmos gestos que não permitem por si só, chamar a si um perfeito acto de amor, quando esse amor não passou de um frágil devaneio de uma alma que por uma só vez se julgou só... As palavras e os actos...
terça-feira, janeiro 31, 2006
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
1 comentário:
Quando somos atingidos por uma súbita vontade de partilhar todos os nossos momentos com alguém, é porque encontrámos a nossa outra metade com quem sonhamos tornar cada segundo da nossa história em instantes mágicos que serão recordados para sempre...sem nunca colocar em causa o que sentimos. São as palavras e actos que escolhemos para viver intensamente cada segundo da nossa vida, colocando paixão em cada gesto, saborear os momentos...
Enviar um comentário