domingo, março 15, 2009

uma tua carta de amor...

... afasto-me de ti para que te possa escrever um pouco.
Sem resposta armada, entendo que na eloquência de um momento que o tempo estima ser dono, assumimos como devastadora essa ausência que nos transporta até nós como sendo talvez um mal maior, perante a distância de um nosso querer, todo ele, sempre mais que perfeito.
Não havendo um reportório vulgar que me desligue dessa constante seráfica que és tu, guardo para mim, esse poente triunfal de um acordar bastardo, na forma de um sorriso que me apaixonou para sempre.
...diante das nossas narrativas cálidas, de encontros intensos e fervorosas disputas, de gracejos e contentamentos perfeitos, guardo cada minuto na razão unânime e evidente, de que nos encontramos sempre na página seguinte de um épico amor, escrito no incansável silogismo de uma constante sede de ti.

1 comentário:

Anónimo disse...

O nosso mundo é assim: uma eterna carta de amor, cheia de rabiscos de uma paixão que vamos construindo juntos e sempre voltados para o futuro.
Do quanto te quero e de todas as certezas que fazes nascer em mim retiro o frio das ausências inconformadas que se interpõem entre nós.
Mas a presença... é ela que preenche os dias vazios de nós com vontades quentes de partilharmos as horas que nos pertencem por lei.
Porque, afinal, tudo se resume a este querer cada vez mais que vamos construindo lado a lado.