quinta-feira, março 05, 2009

J.

... o baton que não usas, nos lábios que seguram as palavras, que me tornam um verbo significante de uma memória que não me deixa esquecer de ti.
Ontem, já prostrados, andámos perdidos em nós.
Decidimos ficar, mesmo quando as nossas almas comandam dois corpos nus que se entregam sem o pudor de um não.
Degladiamo-nos em razões pueris para termos existido outrora sem um sentido que nos levasse até nós.
Passaram-se anos e encontrámo-nos num fado de notas fortes, de cadências longas e sons sentidos, reinventando uma vontade tão nossa de amar para sempre.

4 comentários:

Anónimo disse...

Poque não existimos antes, nem conhecemos razões prévias para encontrar um norte na vida. Porque o ritmo forte dos nossos corações a baterem em compassos afinados é sinal de que é possível, de que existe, de que conseguimos... respirar debaixo de água.

Anónimo disse...

os fugitivos vagueiam na ânsia de permanecerem incólumes,esquecendo do que fogem e o porquê.

Anónimo disse...

fugitivos?! fugas?! porquês?! quando a felicidade nos faz respirar debaixo de água, tudo é tão vulgar, tal como essas palavras banais, de circunstância depressiva que sem sentido, apenas preenchem as vidas de quem as ecreve de lugares comuns.

little*thing disse...

Na competição em termos de prestígio apenas parece sensato tentarmos aperfeiçoar a nossa imagem em vez de nós próprios. Isso parece ser a forma mais económica e directa para produzirmos o resultado desejado. Acostumados a viver num mundo de pseudo-eventos, celebridades, formas dissolventes, e em imagens-sombra, nós confundimos as nossas sombras com nós próprios. A nós elas parecem mais reais que a realidade. Porque é que elas não deveriam parecer assim aos outros?
Daniel J. Boorstin, in 'The Image. A Guide to Pseudo-Events in America'
Tantos J. :)
Um bjinho grande!!!