domingo, outubro 30, 2005

Escrever no passado, pelo presente... (2) -a idade da loucura-

A verdade é que podemos viver uma vida inteira enganados acerca do que para nós é intemporal, que toda essa idade da loucura terá sido utópicamente construída numa base sem sentido, e por aí tudo começa a desmoronar-se, pelas incertezas.
Não é de todo irresponsável pensar que cada um de nós terá os seus limites, as suas fantasias e sonhos, e não somos egoístas por assim pensar, mas a verdade é que o tempo apesar de relativo, não é estático, e por assim ser, ao longo do tempo, por muito pouco que seja, dá-se a mudança e nada, nunca, fica igual. É bom pensar assim, eu sou fiel aos devaneios do tempo, saber que algo que não é físico, nos faz questionar sobre coisas terrenas, até outrora suficientemente sustentáveis em crenças nossas, é sem dúvida extraordinário, é o poder de conseguir pôr em causa tudo o que fazemos. De resto é um jogo desigual em que nós nunca podemos voltar atrás, porque o tempo só nos deixa visitar o passado, na memória, no sonho, mas nunca nos deixa mudá-lo. E isso enriquece o desejo de mudar, ajuda-nos a esperar pelo dia seguinte para tudo ser diferente, mas sempre com o tempo a jogar a nosso favor, ou contra nós, essa sim é a idade da loucura, tão relativa como o tempo quer que seja, mas é isso que nos faz sonhar, viver... nada mais que isso...

2 comentários:

gabi disse...

Realmente é muito bom poder desfrutar dos nossos sonhos, em devaneios e loucuras...mesmo sabendo que eles não duram para sempre. Quando acordamos podemos ter a sensação que fomos enganados,mas sem nos darmos conta já iniciámos outro sonho, outras vontades...um novo ciclo. Viver é sonhar e é isso que nos dá energia para a vida... beijinhos

little*thing disse...

q saudades deste tempo meu amigo :)
voltei cá só para rever o coração. só para procurar algum conforto. bj grande