... diz-se que, perdidos em si, as suas mãos se degladiavam ao mesmo tempo que se libertavam numa metamorfose sentida em cada toque, em cada gesto enternecido pelo espreitar insuspeito de uma música que gritava lentamente por dois corpos que se ouviam e descansavam em respirares sustenidos de uma saudade imensa de um desejo insane.
O olhar permanecia brando, contrastava com o silêncio de uma força dominada pelo sabor de um tom qualquer, numa tela preenchida por momentos de um fado cantado a dois, de uma razão descontente pela nudez de uma saudade que se tolera e que por instantes finge não existir...
Hoje fala-se que estão acordados pela certeza de que a magia permanece a mesma ...
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