Estes dias foram de uma angústia sufocante.
Tudo me prendia: as imagens, a memória, a tua voz, as tuas mensagens, a ausência de um olhar que estava tão longe de mim.
Quis tanto acordar-te e obrigar-te a ver o sol comigo.
Não imaginei sequer que doesse como doeu. Não foi não te ver, foi não te sentir, saber que nada estava bem, que tudo aquilo não era certo, e que no fundo era tudo tão injusto para ti, para nós.
Não consegui ligar o rádio enquanto não te senti bem. Na verdade, tinha medo de te 'ouvir' numa dessas músicas, e chorar... Tantas vezes chorei, vezes de mais diziam-me.
Vivi como nunca vivi, algo que não era real, numa calma que não era a minha, senti-me a desaparecer, foram-me vendo desaparecer, e ninguém parecia perceber, somente eu.
Tremia quando te tentava escrever, e escrevi-te algumas vezes.
Consegui sorrir com quem me trouxe novas tuas, quem te pertence desde sempre...
Agora... as saudades e uma adoração que persiste...
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