'(...) Ontem á tarde falaste-me da menina dos teus olhos, alguém que um dia te deu a mão e te fez viajar nos minutos em que antes pensavas que simplesmente a contemplavas, mas que hoje tens a certeza que a veneras.
Tudo em ti parecia um fogo imenso que ardia na memória dos teus dias, os mesmos que passaste sem a conseguir ver.(...)
Recordas tudo: o perfume, os gestos, os lábios, as conversas, os sorrisos... Parecias uma montra de uma vaidade, de quem vive feliz no seu próprio mundo e dali não quer sair.
Ontem não quiseste sair, e por ali andámos a vaguear.
Não tive coragem de te perguntar se o mundo era mesmo só teu e se o constróis sonhando, ou se o partilhas com mais alguém e o tornaste verdadeiro aos olhos de quem lá vive. (...)
Ontem á tarde ouvi-te falar de quem te faz rir e chorar.
Foi um prazer, mais que ouvir, ver-te assim.'
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