segunda-feira, outubro 09, 2006

Esse mar...

Eis que retomamos ao mar da intranquilidade, que de tão pouco tranquilo ser, não nos deixa ser mais do que uma soma improvável de lugares e palavras comuns.
Sei agora que um beijo já deixou de o ser, sem que um gesto nos transforme, como esperámos que assim fosse, jogámos e perdemos o que numa altura julgámos nosso, e não muito longe do que por instantes se tornou tão real, quanto desculpável.
Mais que uma viagem pelos mesmos lábios que insistimos em dar forma e cor, mais que tudo, uma alma que nos julgou como uma maioridade revestida de uma frieza inata que nos tornou tão únicos como o espelho que encontrámos no brilho dos teus olhos.
Recordamos e sentimos, e recordamos não mais do que um regresso ao mesmo passado que insiste em nos fazer viver nas mãos de um destino sem rumo e não ao sabor do vento que passa... mas sorrindo sempre...

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