segunda-feira, julho 17, 2006

Um dia...

Com a maior das incertezas, esse mesmo caminho que fizemos um dia sem questionar nada nem ninguém, que nos cruzámos como noite e dia, na mais improvável de todas as narrativas escritas a lume brando, em que acabaríamos por nos julgar não mais que uma folha rasgada, que de tão incerta ser, não deixará nunca transparecer o que na verdade se desgosta.
Se a nudez nos tornou tão próximos de uma desmesurada distância nunca quebrada por tal sentido, esse sim sem sentido algum, revemo-nos sem futuro mas com vontade de nada mais ser como antes nada seria.
Assim, não mais que um ternos adeus de quem partiu, e sem palavras deixou de escrever e por si, já não escreve mais.
Nunca corri senão em dias em que o tempo parava junto de nós, daí rumava ao corropio de uma incerteza, que nunca fora mais do que uma viagem por mim começada e por ti determinada, o fim dessa história que nunca chegou a ter um fim, e que assim foi, que tu deixaste acabar um dia, sem suor, mas com as minhas lágrimas.

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