... já se caminha sobre as folhas caídas de um Outono tardio.
Ouvem-se novos gracejos e velhos pregões de quem vende a felicidade em troca de quase nada.
As pessoas vão-se esquecendo de si, ao mesmo tempo que tropeçam num movimento frenético que lhes adormece os sentidos.
Ouço no fundo desta rua o romântico indigente, que em prosa de trovador, encanta quem se apaixona pelo desmazelo de um amor ensaiado.
Essa voz rouca e séria, que me vai obrigando a ficar, entre citações roubadas ao tempo e plágios cantados sem tom.
1 comentário:
Vivem todos os românticos nessa esperança de que não sejam surdos os gestos de um amor improvisado.
Querem todos os amantes que os rabiscos da paixão marquem com tinta permanente os lençóis consumidos pela urgência. Gritam todas as vozes roucas pela doçura de dias a dois limitados a um tempo injusto.
Enviar um comentário