Acho que na incerteza de uma acção mais impensada, acabamos sempre por hesitar em fazer o que advinhamos ser o mais certo, pensando com isso, que será objectivamente o mais fácil, mas nem por isso pensamos na realidade que é errar, como um caminho que traçamos de olhos vendados.
É sempre a mais incorrecta de todas as correcções que alguma vez julgámos corrigir, num longo e oblíquo movimento de ponderação, de quem nunca julgou a verticalidade de quem hoje nos enfrenta, esgotando assim a visão cruel de um mundo egoísta e só, como aquele passeio de Inverno, pelo parque da tua memória, apagada pelo espaço vazio criado pelo tempestuoso tempo de uma distância que nunca nos deu tréguas e amargamente nos julgou.
Fugidia esta saudade que outrora escondeu uma paixão e um medo que nos traz à lembrança, o k foi suspirar pela dor da ausência de quem nós nada mais sabemos, na mais sublime das histórias de amor.
Consigo ainda lembrar aquele passeio de Inverno tão tempestuoso, como tempestuosas são as memórias que habitam nos minutos que passam da rotina de uma vida.
Assim se constrói a saudade, na dúvida e na incerteza, nubladas por um futuro, que não nos pertencerá mais.
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