A nossa existência resume-se ao fado: somos escravos de uma linha tracejada na guitarra de uma noite passada a ouvir cantar o medo e acabamos reféns de um poema sentido por lágrimas que apenas findam no abraço de uma manhã que se despiu em versos.
quinta-feira, abril 17, 2008
segunda-feira, abril 14, 2008
um amanhecer tranquilo ...
Estou há imenso tempo à frente de um vazio de cor e procuro uma resposta que me preencha as insípidas linhas de um ténue desejo que é escrever o que sinto e não me perder no timbre de um tempo que falseou as regras do jogo que eu mesmo comecei a ganhar.
Fui perdendo quando escrevi demais.
Li-me ontem e reconheci-me em todas as frases que hoje repudio.
Nada mais existe que o vazio do nada.
Apenas o desejo de um amanhecer tranquilo.
Fui perdendo quando escrevi demais.
Li-me ontem e reconheci-me em todas as frases que hoje repudio.
Nada mais existe que o vazio do nada.
Apenas o desejo de um amanhecer tranquilo.
domingo, abril 13, 2008
Manifesto ...
O mais certo é pensar que toda a gente nos ouve quando argumentamos e nos mantemos fiéis ao nosso sujeito, que nos compreendem e confortam quando tudo o resto parece não ser tão mau assim.
Quando finalmente nos conseguimos perder entre a razão de ser como somos, e a de ver os outros como eles não são, é o bastante para nos irmos invadindo de questões e argumentos que nos fazem pensar que afinal já não se pode viver com prazer, o delicado caminho que fomos delineando como sendo a mais perfeita das histórias, as tais que interessam persistir, e que findam numa qualquer folha de papel, ou em páginas de um livro amarrotado pelo nosso tempo.
Se o que interessa é viver e se tudo mais decorre de um mundo cada vez mais subversivo que vai sobrevivendo à azafama de dias intensos e de paixões impossíveis, o que é que então nos faz existir, quando dessas mesmas histórias resta a saudade e um nosso não mais?
Quando finalmente nos conseguimos perder entre a razão de ser como somos, e a de ver os outros como eles não são, é o bastante para nos irmos invadindo de questões e argumentos que nos fazem pensar que afinal já não se pode viver com prazer, o delicado caminho que fomos delineando como sendo a mais perfeita das histórias, as tais que interessam persistir, e que findam numa qualquer folha de papel, ou em páginas de um livro amarrotado pelo nosso tempo.
Se o que interessa é viver e se tudo mais decorre de um mundo cada vez mais subversivo que vai sobrevivendo à azafama de dias intensos e de paixões impossíveis, o que é que então nos faz existir, quando dessas mesmas histórias resta a saudade e um nosso não mais?
segunda-feira, abril 07, 2008
despindo hoje o meu mundo ...
... melhor do que estar inerte a olhar o mar que me cerca com esta minha maioridade irascível, é enfrentar com altivez as ondas de um desassossego que consegue vencer este meu cansaço e me faz sentir que o amanhã é um quase autismo latente.
O hoje faz-me adorar as pequenas coisas de sempre, as mais pequenas, as mesmas que me fizeram sorrir e viver hoje sorrindo, e é tão bom reaprender a viver assim ...
sábado, abril 05, 2008
este meu mar...
Reservo-me no direito de não estar.
Não estou hoje, nem amanhã, nem depois.
Apenas não estou, porque decidi não estar.
Apaguei a luz do meu quarto e resolvi deitar-me no escuro sem palavras, nem murmúrios. Fechei os olhos e parti.
Não estou hoje, nem amanhã, nem depois.
sexta-feira, abril 04, 2008
enfim
... todas as vezes que caí, foram as mesmas vezes em que tu me viste cair e me estendeste a mão e o neguei sempre. Sei que vou continuar a cair, que não te vou ter a meu lado, nem a estender-me a mão, muito menos vais saber que caí ...
Enfim ...
terça-feira, abril 01, 2008
o meu eufemismo ...
... o ontem apareceu demasiado tarde, e não creio que hoje, o amanhã vá aparecer tão cedo assim que me permita pensar já no dia que ainda hoje não passou ...
Subscrever:
Mensagens (Atom)