terça-feira, fevereiro 20, 2007

Calar...

Apetece-me calar-te o silêncio, de uma forma tão pouco hóstil quanto terna é a vontade de me tornar um passo no areal das memórias de uma vida, na qual passei e não fiquei. Podes não adorar a noite, mas veneras quem te olhou como hoje te vês, num espelho que construíste como um tal castelo feito de uma pedra rara, como só tu soubeste esconder na obscuridade das palavras de saudade que me deixaste em forma de lágrimas sentidas.
Deixa-me olhar-te nos olhos, cantar-te a mais bela das histórias e desenhar-te os romances que te prometi outrora escrever, mas que ficaram na neblina de uma manhã em que saíste e nunca mais voltaste, em que ficaste e eu parti, sem mais olhar para trás...

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